Reflectir sobre as imagens repetidas no que explicamos vezes sem conta e NUNCA deixamos de ter de explicar outra vez. Divulgar as BiBliotecas Theka suas experi~encias e Boas Práticas
06/11/2008
II SEMINÁRIO FORBEV
24/10/2008
LEMA DE 2008 - BIBLIOTECAS ESCOLARES
23/10/2008
OUTUBRO - MÊS INTERNACIONAL DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES
09/06/2008
OS POEMAS TRIÂNGULO
COMPUTADOR
rato
jogos
letras
teclado
internet
sossegado
(E.)
RUA
suja
relva
flores
árvores
pássaros
porcarias
automóveis
malcheirosa
(F.)
ESCOLA
mesas
alunos
canetas
cadernos
afiadeiras
silenciosa
brincadeira
(M.)
ZEBRA
pó
sol
lama
relva
pretas
árvores
caminhos
(B.)
Luís Mourão
2008/05/12
OS POEMAS TRIÂNGULO
Hoje volto a publicar mais um trabalho do Luís com os seus alunos, em que este se preocupa com o alargamento do vocabulário activo e das competências da escrita, bem como com o processo de apropriação do conceito de área vocabular.
Consultem este excelente trabalho e exercitem-no com os vossos alunos.
Bom trabalho.
Ana Melo
Poema Triângulo
Poema triângulo: um jogo de campo (lexical) (I e II)
A verdade é que me preocupava desde há algum tempo em encontrar, alterar ou inventar jogos que dessem não só grande enfoque ao alargamento do vocabulário activo e das competências de escrita (todos os que fazemos na realidade) mas permitissem começar o processo de apropriação do conceito de área vocabular.
Este, é assim:
I: Perceber o mecanismo
No dia 12 de Maio de 2008 pedi aos meus alunos do 2º ano de escolaridade da EB1 da Várzea que escrevessem frases em que cada uma das palavras tivesse mais uma letra do que a palavra anterior. Excluíam-se os elementos de ligação para que as frases pudessem ser (ligeiramente) mais fáceis de construir e, simultaneamente, ganhassem mais coerência. Depois de termos feito em conjunto, no quadro, uma frase exemplo eles iniciaram o trabalho individualmente.
“Eu fui para Paris.”, escreveu ( E.);
“Eu fui para o Porto.” ( F.)
Lêmos uns aos outros as nossas frases:
“Eu fui para casa andar de bicicleta.” disse ( M.);
“Eu sou belo.” Tinha escrito ( M.);
“Eu fui a Lima fazer tintas.” (R.);
“Eu fui para a minha cidade amorosa.” (R.).
Conversámos sobre a construção de sentido nas frases. De como era muito mais difícil escrever neste jogo:
“Eu fui para a festa de patins bonitos na Tanzânia.” (Ma.);
“Um dia cada rapaz levava animais.” (F.) mesmo
“Um mau cromo de Leiria almoçou carapaus.” (J .M.) ou .
“O pé foi para a praia no Canadá.” (G) do que
“Eu dei sete camas a Lisboa.” (M.) ou
“Eu fui para o pátio afável, assoado e amigável.” (D.).
Quer dizer, de alguma forma concluímos que a dificuldade maior era manter, respeitando as regras, uma progressão de sentido coerente em que cada palavra mantivesse uma ligação evidente à anterior e “anunciasse” a seguinte. Talvez, então, o melhor fosse passar, no dia seguinte, ao nível 2.
II: Poema triângulo
Não era a primeira vez que trabalhávamos sobre a construção de uma área vocabular (ou campo lexical como prefiro, confesso). Sem nenhuma formalidade, naturalmente.
É possível que fosse também por isso que eles se lançaram imediatamente ao trabalho a partir da ideia que eu lhes propus logo de manhã:
a) Manter a regra da progressão quantitativa — cada palavra tem (não vão vocês esquecer) mais uma letra do que a palavra anterior;
b) Eliminar completamente todas os elementos de ligação (artigos; contracção de preposições com artigos…);
c) Encontrar uma palavra-chave e gerar uma área vocabular a partir dela; verificar a ortografia; corrigir (se for caso disso);
d) “Ordenar” as palavras respeitando as regras enunciadas mantendo (ou não) a palavra-chave como título.
Dou-vos dois exemplos “completos”:
O J. M. escreveu primeiro, “Futebol” e logo depois “golo; apanha-bolas; equipamento; bancada; adeptos; bandeirola; chuteira; caneleira; meio-campo; suplente; árbitro; claque; treinador; lançamento; livre; guarda-redes; baliza; bola; defesa; médio; avançado; relvado; grande-área; pequena-área; penalti; canto; jogador”.
Contou as palavras e organizou-as desta forma:
FUTEBOL
bola
médio
claque
bancada
avançado
caneleira
grande-área
gooooooooolo
O F. definiu “Café” e a partir dele: “balcão; mesas; cadeiras; televisão; pão; rebuçados; pastilhas; bolos; sumos; pessoas; chocolate; piza; café [bebida] ; chá; água; amigável; barulhento”.
O que acabou por ser:
CAFÉ
pão
piza
sumos
balcão
amigável
chocolate
pastilhas
barulhento
Luís Mourão
2008/05/12
06/06/2008
THEKA no Jornal de Letras
O THEKA e os Media
O projecto THEKA, com a duração de 4 anos,tem sido referenciado por vários órgãos de informação regional e nacional.
Recentemente no Portal Parlamento Global foi publicada uma entrevista com uma das nossas formandas, Hélia Jacob, da EB1 da Ponte nas Caldas da Rainha, que falou do seu Projecto e da Biblioteca onde trabalha. Com o seu exemplo, podemos perceber metodologias e formas da trabalhar em muitas das Bibliotecas Escolares envolvidas no Projecto THEKA.
A Fundação Calouste Gulbenkian, na sua Newsletter Nº 93 de Maio de 2008 , publicou uma entrevista, onde, Amália Bárrios que conjuntamente com Ana Melo e Maria José Vitorino coordenam o Projecto THEKA, fez o balanço dos últimos 4 anos.
No JL -Jornal de Letras- de 4 de Junho de 2008, é publicada uma outra entrevista, que completa as ideias já enunciadas na Newsletter da FCG. Esta entrevista pode ser lida nas imagens digitalizadas neste post.
Ana Melo
10/05/2008
La lettura promossa tra scuola e biblioteca
Alcune esperienze europee e riflessioni e a confronto
No passado dia 5 de Maio, realizou-se em Roma no Auditorium do Goethe Institut, o I SEMINÁRIO INTERNACIONAL, a promoção da leitura na escola e na biblioteca. Foram apresentadas algumas experiências e reflexões europeias, foi organizado no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Livro, instituído pela Unesco, em colaboração com a Università Roma Tre (Facoltà di Scienze della Formazione), Biblioteca Europea/Biblioteche di Roma e AIB.
O THEKA, Projecto de formação de professores para o desenvolvimento de Bibliotecas Escolares foi convidado a participar Biblioteche e scuole a favore della promozione della lettura (Portogallo, 1986-2008), MARIA JOSÉ VITORINO, Progetto THEKA Fondazione Gulbenkian, Lisbona.
Os nossos agradecimentos a todos que em Roma nos receberam, a mim e à Maria José Vitorino, de uma forma tão cordial, destacando a Luísa Marquardt, Università "Roma Tre" e Cristina Paterlini ,Biblioteca Europea.
À Luísa, agradecemos ainda a hospitalidade, partilha e cumplicidade com que nos brindou nestes maravilhosos dias em Roma.
Algumas imagens para testemunhar o envento.
Parabéns à organização
Ana Melo
28/04/2008
PARLAMENTO GLOBAL
Este Projecto, conta com o apoio de algumas Fundações como a Fundação Calouste Gulbenkian, tendo na sua página de abertura um depoimento de Professor Marçal Grilo, Administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, falando no empenho da FCG em transformar os portugueses em leitores, desde o tempo das carrinhas itinerantes que tão bem conhecemos, até às Bibliotecas Públicas e Escolares dos dias de hoje apoiadas pela Fundação.
Parte do vídeo que ilustra o seu depoimento contém imagens de uma Biblioteca Escolar THEKA.
A Biblioteca Escolar THEKA em questão, é a Biblioteca da EB1 do Bairro da Ponte nas Caldas da Rainha, cuja formanda, frequentou o curso THEKA de formação de Professores do Ano de 2005/2006, tendo desenvolvido um Projecto " No baú da Fantasia"
Parabéns aos promotores deste portal .
Ana Melo
27/04/2008
A candidatura da EB1/JI de Carquejido ao THEKA – Projecto de Formação de
Professores para o Desenvolvimento de Bibliotecas Escolares, patrocinado pela Fundação
Calouste Gulbenkian surgiu não só da necessidade de formação no campo das Bibliotecas por
parte da responsável pelas Bibliotecas Escolares, mas também da vontade de alunos e docentes
obterem condições quer ao nível do equipamento adequado ao espaço destinado à Biblioteca, quer ao nível da aquisição de documentos actuais, em número suficiente e adequados à faixa etária que povoa a referida escola.
O Projecto “Agora…vamos à Biblioteca” pretende, além da criação de condições físicas
adequadas, envolver toda a Escola no sentido de criar uma equipa alargada, incluindo todos os
docentes, que colaborem e façam da sua Biblioteca o espaço de aprendizagem efectiva,
interessante e também de ocupação de tempos livres em que “aprender a estar autonomamente” é muito importante para a construção de saberes tanto académicos como cívicos.
A EB1/JI de Carquejido era a única Escola do Agrupamento de escolas e JIs de S. João da
Madeira que ainda não fazia parte da Rede de Bibliotecas Escolares apesar de ter vindo a
candidatar-se nos últimos três anos. Esta situação, contribuiu para que os seus alunos não
tivessem as mesmas condições de acesso à informação, apesar de receberem as “Maletas
Itinerantes” da Biblioteca Municipal e usufruírem de algumas actividades de promoção da
leitura desenvolvidas pela coordenadora das Bibliotecas Escolares. É de salientar o facto de a
Escola ter aderido ao Plano Nacional de Leitura e estar empenhada em desenvolver actividades relacionadas com as obras escolhidas.
23/04/2008
22/04/2008
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CASTRO MARIM
A formanda Carla Sabino, apresentou o seu Projecto " Um Tesouro Partilhado" que visa fundamentalmente reforçar o fundo documental da BECRE, assim como renovar os equipamentos informáticos que permitirão à população escolar aceder à informação de forma eficaz.
Consequentemente, pretende-se dinamizar o espaço da BECRE e impulsionar a magia da literacia a todas as escolas do Agrupamento.
Entendem que a Biblioteca deverá revelar-se como um importante centro de formação, de informação e de dinamização do espaço escolar de todo o Agrupamento e não apenas de uma escola singular.
Assim, o Projecto visa essencialmente contribuir para que a Biblioteca Escolar constitua um recurso básico do processo educativo ao serviço do Agrupamento.
Pretende-se que a Biblioteca Escolar seja um verdadeiro centro de iniciativas inseridas na vida pedagógica do Agrupamento.
Visa promover o livro e a leitura como um saber e um querer partilhados,contribuir para a aprendizagem da leitura, da literacia, para a criação e o desenvolvimento do prazer de ler e
a aquisição de hábitos de leitura.
É nosso desejo que todos os alunos possam descobrir o prazer de ler e que com o apoio da
Biblioteca Escolar, entendida como um verdadeiro centro de recursos multimédia, possam
alimentar esse gosto e possam informar-se, recorrendo a fontes documentais disponíveis nos mais variados tipos de suporte.
Este Projecto nasce assim da necessidade de dar respostas válidas a carências manifestadas
ao nível do Agrupamento.
É fruto de reflexões, diálogos, troca de opiniões observações e constatações e experiências pedagógicas.
Do seu Plano de Actividades, constava a dinamização da SEMANA DA LEITURA, que de 3 a 4 de Março de 2008 , encheu a escola de inúmeras actividades , com a participação de inúmeros
convidados.
Destacamos a Feira do Livro, Concursos de Leitura, Hora do Conto,Ateliers de Ilustração,a visita do Poeta Afonso Dias, almoços literários, etc
No Post seguinte apresentaremos um slideshow com algumas das imagens desta semana
Muitos parabéns ao excelente trabalho em prol das vossas crianças.
Ana Melo
02/04/2008
01/04/2008
28/03/2008
Percursos Leitores- Bibliotecas Escolares- Qualidade Educativa
Realizou-se hoje, dia 28 de Março, o VI Seminário THEKA, no Auditório 2 da FCGulbenkian.
Tivemos oportunidade de ouvir vários especialistas, bem como algumas experiências desenvolvidas por Bibliotecas THEKA.
Foi um dia cheio, com muita informação, onde houve a oportunidade de partilhar e refletir sobre os percursos leitores e sobre toda a problemática da leitura.
Como foi bom, ver e rever inúmeros formandos e tutores THEKA dos cursos anteriores,parceiros de uma verdadeira comunidade.
Tivemos a presença de muitos colegas professores, coordenadores de BIbliotecas,Bibliotecários Municipais e outros, que se deslocaram de todos os pontos do País (do Minho ao Algarve), para o encontro.
Nos próximos dias, publicaremos mais notícias e imagens deste encontro.
Ana Melo
26/03/2008
VI SEMINÁRIO THEKA
Realiza-se dia 28 de Março, no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, o VI SEMINÁRIO THEKA no âmbito do Curso THEKA de 2007/2008.
O Seminário terá a participação da inúmeros especialistas na área da Leitura e das Bibliotecas Escolares, sendo também apresentadas experiências de Formandos THEKA.
Poderá obter mais informações em VI SEMINÁRIO THEKA .
Ana Melo
20/03/2008
Um nome
Dois adjectivos
Três características
Uma frase (sobre o nome)
Uma frase de sentido contrário
Três características opostas
Dois antónimos
Um nome
No dia 11 de Fevereiro de 2008 era a segunda ou terceira vez que jogávamos e os poemas saíram, por exemplo, assim:
Lápis
escreve e desenha
é bonito, é grande e amarelo
parte-se e os meninos ficam a chorar
parte-se e os meninos ficam a rir
é feia, é pequena e é verde
apaga e borra
Borracha
Escreveu a R.
A J. escreveu:
Lápis
o bico é grande e parte-se e tem bonecos
escreve e é bonito e é pequeno e é afiado
não escreve e é feia e é grande e é romba
o bico é pequeno e não se parte e não tem bonecos
não escreve e não desenha
Afiadeira
O F. Mudou de assunto e iniciou uma longa série de poemas animalescos:
Vaca
Come erva e muge
boa, bonita e tem pintas
ela dá leite, é amiga e tem cornos
ele dá carne, é inimigo e tem cornos
mau, feio e não tem pintas
come erva e muge
Boi
Peixe
come peixes, é bom
bonito, amigo e comilão
não gosta de baleias
gosta de baleias
feio, inimigo, enfastiado
come erva, é mau
Cavalo
Vaca
dá leite e come erva
gorda, média e boa
dá muitas coisas boas
dá poucas coisas boas
magra, pequena e má
não dá leite nem come erva
Cobra
Girafa
come e é muda
boa, bonita e linda
tem o pescoço muito alto
o pior amigo dela é o homem
a melhor amiga dele é a menina
mau, feio e tótó
arranha e ruge
Leão
O G. escreveu, contrariando em grande parte os constangimentos da estrutura sobre a qual estávamos a trabalhar e obteve um resultado notável:
apito e fumo
feio, grande, gordo
e o brilho do barco
e uma carapaça escura
bonita, pequena, magra,
silêncio e água
Tartaruga
A D. resolveu recuperar, na ideia, um trabalho que tínhamos realizado anteriormente. O que ela escreveu foi:
Várzea
bonita e pequena
é uma aldeia, silenciosa e baixa
é muito alegre e lindíssima
é muito triste e feiíssima
é uma cidade, barulhenta e alta
feia e grande
Leiria
Em Dezembro, depois de alguns episódios pícaros, tínhamos, finalmente, iniciado a nossa correspondência por correio com uma turma do 2º ano, como nós, da Professora Lourdes Fragateiro da Escola São José, em Lisboa. Eles escreveram-nos primeiro e nós preparamos o melhor que pudemos uma resposta: um pacotinho de coisas sobre nós e sobre a nossa aldeia.
Entre essas coisas um poema diamante, construído colectivamente no quadro negro, com a Várzea num extremo e Lisboa no outro, assim:
Várzea
pequena e bonita
tem árvores, campos e caminhos
um museu, cafés, lojas e uma capela
é uma aldeia muito calma, silenciosa e alegre
é uma cidade muito movimentada, barulhenta e triste
com muitas pessoas, carros e autocarros
tem teatros, cinemas e centros comerciais
grande e linda
Lisboa
Como se pode constatar as regras foram, por unanimidade, alteradas mais uma vez. Neste caso por questões elementares de cortesia e bom senso mas também porque Lisboa é, pelo menos vista da Várzea, mesmo linda.
Luís Mourão
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA CORDINHA
Por este motivo a Escola tem vindo desde há alguns anos a investir na organização e desenvolvimento da BE.
Foi assim que a sua coordenadora se candidatou ao Curso THEKA de 2006/07, tendo elaborado e desenvolvido um Projecto, que visou uma melhor organização da Biblioteca, bem como o aumento dos seus recursos.
O Projecto estruturou-se em torno de sete objectivos
- Literacias da Informação
- Produção de Materiais de apoio
- Cooperação com a comunidade
- Itinerância de Documentos
- Plano Nacional de Leitura
- Intervenção no espaço
- Actualização do Fundo Documental
Destaco sete objectivos as Itinerâncias e a Intervenção no Espaço
Itinerâncias
As Itinerâncias para as EB1 e JI, projecto com "Baús de Documentos" constituídos por livros, CDs, CDrom, DVDs e respectivos guiões de exploração , já em acção no Agrupamento. O Projecto THEKA , veio possibilitar o enriquecimento dos Baús.
Com o aumento do número de documentos os baús estão a rodar com uma periodicidade de 3 a 4 semanas.
Como há uma maior diversidade de livros para escolher, os próprios professores das escolas isoladas, visitam mais a Biblioteca da Escola sede para fazerem as requisições.
Intervenção no Espaço
A Intervenção no Espaço, com a conquita de alguns espaços para a Biblioteca, permitiu uma melhor organização co mesmo com as consequentes dinâmicas.
A Biblioteca, carecia de uma zona funcional dedicada à multimédia. Com o Projecto THEKA, foi possível equipá-la com mobiliário, equipamentos e documentos adequados proporcionado a estes alunos recursos multimédia. Sabemos que este espaço foi bem acolhido pelos alunos , que o lotavam em todos os intervalos.
Na sequência da organização deste espaço e na procura de soluções para o melhor funcionamento da Biblioteca, foi ainda conquistado um outro espaço, que foi afecto à BIblioteca, onde foi possível instalar uma sala de estudo.
Poderão consultar todo o Projecto na Plataforma Theka
Este ano a novidade são os Monitores do CREC
No passado dia 28 e 29 de Fevereiro tiveram na Biblioteca,a visita do Escritor António Mota
Parabéns à escola e à equipa da Biblioteca, pelo excelente trabalho, que todos os dias desenvolvem , respirando o ar puro da serra .
No post seguinte apresentaremos um slide show onde se poderá ver a Biblioteca.
Ana Melo
17/03/2008
J. chegou ao pé de mim e comunicou-me, como já tinha feito a toda a gente, que fazia anos. Sete anos. Foi por isso que nós decidimos fazer um bolo de mentiras naquele dia.
Escrevemos mentiras, grandes mentiras, com empenho e fúria, sobre nós e sobre outros, em pedaços de papel que juntámos numa caixa de sapatos e depois de termos baralhado tudo tirámos à sorte para ver se descobríamos quem tinha escrito o quê. Às vezes era fácil: J. escreveu, “Eu não faço anos”. Outras vezes não era tão fácil: E., por exemplo, resolveu dizer-nos, “Eu [sou] azul cor-de-rosa laranja” e ficámos ali a olhar uns para os outros até repararmos que E. estava mesmo azul cor-de-rosa laranja.
Este jogo, com direito a canção de parabéns e muito riso, é um dos muitos que fazemos quase todos os dias, aqui, na sala do 2º ano da Escola da Várzea – Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus, em Leiria.
E, lentamente, estas brincadeiras com os sons, as palavras e as frases vão-se tornando parte integrante da forma como vamos crescendo. Conversando, claro, lendo e escrevendo, comunicando e comunicando-nos melhor. Nem todos da mesma forma, nem todos com o mesmo domínio instrumental, porque nisto como noutras coisas cada um sabe de si.
Trabalhamos sempre sobre estruturas simples. Porque, além do mais, é esta rudimentaridade inicial que nos permite, mais tarde, complexisar infinitamente. E é precisamente na forma como elaboramos sobre a simplicidade que nos revelamos. É o estilo, se quiserem. Mas, também, o espelho de competências de escrita mais ou menos desenvolvidas. A forma como somos capazes de encontar formas eficazes de corporizar as ideias e de como nos entendemos quanto às suas consequencias em nós e nos outros.
Para mim, todos os jogos de escrita que fazemos são como pedrinhas que vamos deixando no chão desta enorme selva fonética, ortográfica, sintáctica e gramatical que temos forçosamente de atravessar. São sinais, quase imperceptiveis, que nos permitirão um dia regressar à extrema eficácia comunicacional. Ou descobri-la. E no acto encontrar estas marcas que chamamos de criatividade.
Há uma ano chovia torrencialmente. Uma noite, por toda a região, caíram muros e árvores, inundaram-se casas, armazens e ruas. H. chegou à escola de mochila às costas ziguezaguiando por entre o intransitável e correu para mim: “Professor,” disse ele, “o rio partiu-se”.
O rio partiu-se. O nosso maior objectivo é voltar aqui.
Desenhar uma porta
Como se fosse um barquinho de filigrana vamos construindo a ideia de que nos conhecemos bem. Todos o fazêmos de forma contínua e imparável, como se fosse natural que nos conhecêssemos até à revelação que nos permite antecipar comportamentos e atitudes. Não é verdade, creio eu, mas, a cada novo ano com as mesmas crianças é como se fosse mais verdade.
Felizmente elas têm uma proverbial e reconhecida capacidade de nos surpreender todos os dias. Uma habilidade especial de fazer diferente, e ser diferente, quando querem, independentemente, do local e do tempo. As crianças são neste aspecto personagens dramáticas ideais. Protagonistas que se admiram constantemente quando não aplaudimos e quando aplaudimos. Mistérios, portanto.
No início deste ano estava eu muito quietinho a olhar para eles e a pensar que tinham passado três meses sem os ver e havia já tanta coisa diferente quando percebi que nunca os tinha conhecido. Nunca, mesmo. Reconhecerão que é legítima a minha inquietação depois de termos passado quase mil horas juntos durante o ano pretérito. Mas foi mesmo assim.
Precisava de um jogo que pudesse ser repetido algumas vezes, em tempos diferentes e até sobre diferentes pessoas ou coisas e que permitisse deixar registos comparáveis e padronizáveis. Um jogo de escrita que fosse exercício solitário simples, relativamente rápido, permitindo a crianças pouco mais do que emergentes das fases iniciais de domínio da escrita exprimirem-se sem grandes dificuldades. Sendo que, independentemente da qualidade do produzido, deveria ser obrigatoriamente estímulante, divertido e eficaz. Um jogo que me ajudasse a perceber melhor o que está por dentro das cabeças dos meus alunos. Batendo à porta e pedindo para entrar, evidentemente.
E lembrei-me dos biopoemas. Estruturas muito abertas assentes num formalismo superficial de muito fácil leitura que permitem trabalhar sobre quase tudo, objectos de pesquisa, pessoas, animais, coisas e, sobretudo, sobre nós. Os biopoemas são muito utilizados, particularmente pelos norte-americanos, nas etapas iniciais de um processo de dinâmica de grupo, nas escolas, nas empresas ou informalmente mas, como acontece com quase todos os bons exercícios de escrita criativa, não são de ninguém e podem ser usados como muito bem acharmos conveniente. Podem ser alongados ou condensados, laudativos ou insultuosos, uma cadeia de verdades ou de mentiras descaradas que, na verdade, nada de essencial se altera. Um biopoema é sempre nosso em toda a sua dimensão.
Na verdade o seu único elemento estável é o primeiro verso ser o nosso nome e o último o apelido. Não é coisa desprezível.
Querer beijos e miminhos e ter medo de lobisomens e alturas
No outro dia cheguei à sala e escrevi no quadro o meu biopoema. Não é exemplo para ninguém mas serviu para começarmos a conversar.
O nosso poema tem onze versos, podia ter cinco ou quinze mas tem onze, como agora se vulgarizou, e parece bem ser assim. Ainda está vazio, como o quadro que eu me apressei a apagar. Quando tudo parecia ter ficado suficientemente esclarecido disse-lhes: “Primeiro verso: O nome”. Fácil.
A primeira decisão teve de ser tomada quando partimos para o segundo verso. Isto é, agora que tinhamos escrito o nosso nome seria melhor, ou não, fazer de conta que estávamos a falar de outra pessoa? Escrever sobre nós como se não estivessemos a escrever sobre nós? Aos sete anos? A M. decidiu a coisa assim: “Tanto faz.” É verdade. Mas também é verdade que todos, neste caso, escreveram como se falassem de outros.
A grelha de indicações utilizada foi esta:
1º O nome (só)
2º Quatro adjectivos que o decrevam
3º Irmão ou irmã de… ; filho ou filha de …; etc.
4º Gosta de…(fazer; ver; comer… 3 coisas, sítios ou pessoas)
5º Que se sente (contente; triste; feliz; aborrecida… 3 coisas)
6º Que precisa de… (3 coisas)
7º Que… (dá ou faz aos outros… 3 coisas)
8º Que tem medo de… (3 coisas)
9º Que gostava de… (ir; ter; ser… 3 coisas)
10º Que vive (ou que mora; ou que vive… e mora…)
11º Apelido (só)
A cada novo verso renovava-se o tema da conversa. E, aos poucos, cada um de nós ia aprendendo mais sobre os outros. E sobre a escrita também. Como é que juntamos um enunciado de forma coerente e agradável? Pontuamos as frases construídas ou deixamos que se possam misturar com as outras? Eles têm sete anos mas trabalharam muitos poemas durante o seu primeiro ano na escola, sabem um bom punhado de memória e sobre cada um deles muito mais do que eu suspeito. Por isso, suponho, esta conversa me faz, aqui e ali, esquecer que ainda são tão pequenos e seja preciso olhar para eles para domesticar um comentário ou adoçar uma ideia. Suponho que, de alguma forma, este esquecimento seja também um modo de sofrer directamente o que é escrever criativamente. Talvez faça parte.
Uma das virtudes do trabalho com estes níveis de escolaridade é podermos, digam o que disserem, gerir os tempos e as matérias de acordo com as crianças, os seus interesses e necessidades mas, hoje, era eu que já estava a ficar cansado e decidi acabar no sétimo verso. Amanhã se continuaria, e agora uma coisa completamente diferente, mas não. E como não, lá acabámos todos o biopoema tarde e a más horas. Eles tinham razão, foi melhor ir almoçar a saber que este tinha medo de cobras venenosas e outro de morrer na queda de um avião, outro de morrer queimado e outro de lobisomens e que muitos, todos creio, precisavam de beijos e miminhos, festas e coisas boas.
Ficou, como podem ver, provado à saciedade que tanto pode ser assim como de outro modo. Demorar dez minutos ou três horas, ser escrito por adultos ou crianças, de sete ou dez anos, adolescentes ou jovens adultos, indiferenciadamente. Talvez os medos e os gostos, talvez o que fazemos a nós próprios ou aos outros mude. Talvez.
A minha colega Paula, porque a Helena com o seu primeiro ano ainda anda às voltas com outras coisas, experimentou um biopoema com o seu quarto ano e aprendeu tanto como eu. Simples, muito mais rápido e, pelo menos, tão eficaz.
Se há coisa bonita na escrita criativa, seja qual for o exercício, é ver como as ideias contaminam o papel e por ele se espraiam e como em cada ideia vai um pedaço de nós. Ficamos todos tão bonitos.
No dia seguinte voltámos ao poema para corrigir e alterar. Ninguém alterou nada mas fizémos um cartaz. Cada um de corpo inteiro com o biopoema na barriga. Este, por exemplo:
“J….
Alto, brincalhão, trabalhador e dorminhoco
Irmão de R….
Gosta de jogar à bola, andar de bicicleta e saltar
Que está feliz, contente e alegre
Que precisa de ar puro, praia e pinhal
Que ajuda a mãe a limpar, a fazer a cama e a lavar o cágado
Que tem medo de cobras venenosas, lobisomens e morrer queimado
Que gostava de ser jogador de futebol, dar a volta ao mundo e ter uma bola
Que vive na Terra, na Europa, em Portugal e mora no Casal dos Matos
D….”
Colámos os cartazes na parede do átrio. E fizémos uma visita guiada pela cabeça de cada um, naquele dia, naquela hora, naquele instante. Em breve lá voltaremos.
Luís Mourão
Obrigada Luís, como é bom ainda acreditarmos na escola e nos professores deste País.
Ana Melo
07/03/2008
The fifth triennial ECIS Librarians' Conference
Entre os dias 28 de Fevereiro e 2 de Março de 2008 realizou-se em Berlim, the fifth triennial ECIS Librarians' Conference, com a participação de inúmeros especialistas.
ECIS ( European Council of International Schools)
De Portugal conforme consta do Programa tivemos a participação de Maria José Vitorino (School libraries staff competencies) , Anabela Martins (The School Libraries Network Programe), Angelina Pereira (Web 2.0- An Open Door) e Helena Paz dos Reis (Activities and Games to Empower Citizenship).
Muitos especialistas participaram na Conferência, mas destacamos Ross Todd, Toni Buzzeo.
Poderão consultar as inúmeras comunicações já disponíveis no link da conferência.
Ana Melo
06/03/2008
A ES Alberto Sampaio em Braga, tem um novo visual.
Sofreu obras de remodelação e ampliação do seu espaço.
À frente de uma excelente equipa, tem uma Coordenadora a tempo inteiro, que foi Tutora THEKA do Curso 2007/2008.
Ana Melo
04/03/2008
No passado dia 28 de Fevereiro, pelas 18 horas, realizou-se na Biblioteca Municipal de Lousada, uma cerimónia de lançamento da Rede de Bibliotecas de Lousada( RBL).
A Rede de Bibliotecas de Lousada(RBL), é o resultado da contribuição da Biblioteca Municipal e de todas as Bibliotecas Escolares, que se empenharam numa dinâmica de cooperação e serviço público construindo um catálogo colectivo, disponível on-line.
Tiveram como parceiros dessa caminhada a RBEP e a RBE.
Parabéns a todas as equipas que tornaram possível este sonho.
Duas das Bibliotecas Escolares deste Projecto são Bibliotecas THEKA. A da EB23 de Lousada Centro e a da EB23 de Caíde de Rei
Ana Melo
25/02/2008
EB1 DE ALCAINS
Agrupamento de Escolas de José Sanches de Alcains curso 2005/2006
A EB1 de Alcains pertence ao Agrupamento de Escolas José Sanches de Alcains, tem uma Biblioteca Escolar integrada na RBE desde 2000 e foi uma escola THEKA do curso 2005/2006.
O Projecto "Biblioteca para todos" destinou-se às escolas do 1º Ciclo do Agrupamento que se encontram geograficamente isoladas, com populações escolares reduzidas (excepto a EB 1 da Lousa que encerrou, devido à redução do número de alunos) e sem qualquer tipo de acesso a um serviço de biblioteca.
O objectivo deste Projecto "Biblioteca para todos" foi levar a BE às crianças e os materiais adquiridos tiveram uma ampla divulgação e utilização, foram criados baús itinerantes que percorrem todas as escolas do 1º Ciclo do Agrupamento.
Os baús itinerantes foram compostos com títulos que, tematicamente, cumprem objectivos curriculares, mas também objectivos formativos e lúdico‑recreativos. Possibilitaram a requisição domiciliária, incrementando, desta forma, o prazer da leitura e a formação global dos alunos.Foram desenvolvidas actividades – exploração/animação de histórias, contos, lendas, poesia, teatro, fantoches... – que levaram as crianças a sentir prazer na leitura, na escrita, na pesquisa e na aprendizagem, desenvolvendo, concomitantemente, a expressão oral, a escrita e a criatividade.
Além de levar os livros às crianças das escolas isoladas, do 1º Ciclo deste Agrupamento, foi também levá-los a adquirir hábitos de leitura para melhorarem a expressão oral, escrita e o vocabulário e ainda ensiná-los a pesquisar, para aprenderem a ser autónomos na sua aprendizagem.
A entrega pela formanda THEKA que concebeu e coordenou o Projecto, dos baús nas escolas, proporcionou momentos muito especiais em todas as crianças das escolas envolvidas.
Ana Melo
24/02/2008
Nos dias 20,21 e 22 de Fevereiro de 2008 realizou-se em Quito-Equador, na Casa de La Cultura Ecuatoriana do Teatro Prometeo um Seminário Regional sobre Manifestos de IFLA-UNESCO para Bibliotecas Públicas, Escolares e Internet. Bibliotecas Multiculturais com a participação de muitos especialistas na matéria.
Uma das colaboradoras deste Blog, Maria José Vitorino, participou activamente neste importante encontro.
Dia 21 de Fevereiro
Conferência
Manifesto IFLA/ UNESCO para Bibliotecas Escolares
Maria José Vitorino
Coordinadora Intermunicipal de la Red de Bibliotecas Escolares . Portugal
Mesa redonda: Bibliotecas Escolares
Bibliotecas Escolares, creciendo en Red:
diseño, desarollo y parcerías dentro y afuera de los espacios y tiempos escolares.
María José Vitorino, Portugal.
Dia 22 de Fevereiro
Mesa de trabajo 2: Bibliotecas Escolares
Mary Giraldo
María José Vitorino Portugal
Soledad Córdova
A Maria José Vitorino, regressa hoje a Portugal com novidades do encontro.
Nos próximos dias contaremos as novidades.
Ana Melo
No Post anterior podemos visualizar um slideshow da Biblioteca da EB23 de Boabadela no Concelho de Loures, uma das Bibliotecas THEKA do curso 04/05, cujo Projecto valorizou a vitalidade da Biblioteca Escolar, com a actualização da sua colecção apostando numa alteração das práticas.
A Biblioteca da EB23 da Bobadela foi integrada na RBE em 2003, mas sofreu obras de requalificação do espaço em 2005/06.
De entre as muitas Actividades contempladas neste Projecto THEKA destacamos:
- Estabelecimento de um circuito racional do utilizador;
- Estabelecimento de um circuito racional de tratamento dos documentos;
- Formação para a equipa da BE/CRE em tratamento informático de documentos.
- Consulta à comunidade escolar sobre aquisição de documentos (aos alunos na Biblioteca; aos professores em reuniões de Departamento);
- Divulgação do Fundo Documental à comunidade docente (selecção de destaques por grupos de docência) e discente (através do Boletim Informativo da Revista Que Pensar?);
- Disponibilização (via Directores de Turma e Professores de Área de Projecto) de guiões de acesso à informação;
- Edição de 3 números da Revista Que Pensar? por ano lectivo;
- Estabelecimento de um programa de formação para Alunos Monitores;
- Preparação da Página de Internet, colocação on line e manutenção;
- Estabelecimento de fóruns de discussão sobre imprensa / livros/ discos / filmes;
- Realização de ciclos de cinema e palestras com oradores convidados sobre temáticas inscritas nos Projectos Educativo e Curricular de Escola;
- Realização de encontros com contadores de histórias /escritores / autores de BD / ilustradores;
- Criação de um espaço, na BE/CRE da sede de Agrupamento,para o desenvolvimento de actividades de animação da leitura para os alunos do JI e das EB1;
- Avaliação dos resultados, replicação e/ou reformulação das acções desenvolvidas.
Parabéns à equipa da BE da EB23 da Bobadela pelo excelente trabalho que desenvolvem em prol dos seus alunos.
Ana Melo
13/02/2008
Este Projecto permitiu o desenvolvimento de um conjunto de actividades, como a vinda des escritores à escola, uma feira do livro,a história da semana, concurso de marcadores...
As fotos que anexamos, mostram o enorme esforço desenvolvido e o grande trabalho efectuado por toda a comunidade escolar.
Ana Melo